O “Velho Tancredo” completou mais um aniversário, aproxima-se cada vez mais o seu centenário. Desde ontem tenho pensado o que falar sobre esta tradicionalíssima instituição de ensino quais palavras poderiam fazer jus a tanta história? Acredito que nada do que eu escrevesse aqui superaria o discurso escrito pela vice-diretora Tamie Abe e proferido de maneira emocionada pela Diretora Eliete Aparecida Bueno: “98 anos... É muito tempo, é muita história. Ainda mais considerando ser um prédio destinado à Educação, ultra valorizada nos discursos, mas no dia-a-dia poucas são as palavras que se transformam em ação. Como eternizou Carlos Drummond ‘no meio do caminho havia uma pedra, havia uma pedra no meio do caminho’... Reclamar não nos leva a nada, as atribulações, os problemas, as dificuldades são o tempero da vida, conquistas fáceis não tem sabor. Nos quase 100 anos de existência esse prédio testemunhou a ascensão das categorias mais desfavorecidas da comunidade saltense, duas grandes guerras mundiais, revoltas, períodos de ditadura, a retomada da democracia, enfim, muita água rolou. Entretanto, esse prédio, em toda sua magnitude, solidez e beleza, sem os atores que lhe dão vida diariamente, é frio e sem significado. Nossa comemoração hoje é para tudo o que representa esta instituição de educação quase secular, não só à sociedade saltense, mas ao Estado de São Paulo e por que não dizer ao Brasil, visto que o único ganhador brasileiro do prêmio Palma de Ouro de cinema, o saudoso Anselmo Duarte correu, brincou e estudou aqui. Salientando que nada se faz, nada se constrói se o material humano não permitir, logo, uma escola é feita de gente e certamente muita gente boa passou por aqui, seja como aluno, professor ou funcionário, até mesmo, pais e colaboradores, mas posso garantir, com toda segurança, que nenhuma equipe foi melhor que a que atua hoje. Sou infinitamente grata por estar aqui, onde iniciei minha carreira como professora, é de fato uma honra. As ‘Pedras no meio do caminho’ não conseguirão que, o amor que temos pelo ‘velho Tancredo’, desvaneça-se. Estamos todos juntos Rumo aos 100 anos. Obrigada!”
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