sábado, 24 de setembro de 2011

Paredes Que Contam História

Por: Robson Nascimento e Tatiane Galvão
As pessoas que transitam todos os dias pela Avenida D. Pedro II nem sempre se dão conta, da importância e imponência de um prédio que resistiu ao tempo, presenciou as mudanças da cidade e transformou milhares de vidas. Em suas paredes estão guardadas histórias das vidas que por ali passaram.
Como o “Velho Tancredo” está ali há muito tempo às vezes nem nos damos conta de como as coisas mudaram. Por isso decidimos compartilhar aqui algumas imagens que demonstram quão profundas foram estas transformações.
Se você é ex-aluno ou ex-funcionário e tem alguma história vivida aqui no Tancredo, envie-nos um e-mail (tancredorumoaoscemanos@yahoo.com.br), com nome, profissão e o ano que estudou/trabalhou no Tancredo. Teremos o maior prazer em saber um pouco mais sobre os bons momentos que esta instituição promoveu aos saltenses. 

Vista panorâmica da escola na década de 70 e nos dias atuais.

 Professores e alunos no pátio de entrada da escola na década de 30.

         Vista panorâmica da escola na década de 30 ou 40 e nos dias atuais.

Professores e funcionários em foto oficial no pátio interno da escola. Data estimada final da década de 1960.




Alunos e professoras, primeira metade do século XX. (Observem o muro que separava as duas alas - Meninos e Meninas)

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Por que os Homens Mentem?

O publico que lotou a Sala Palma de Ouro no ultimo domingo, 18 de setembro, na cidade de Salto, riram muito com o que há de melhor no humor inteligente. O grupo de teatro Nosmesmos apresentou para um auditório lotado o espetáculo Por que os Homens Mentem?
A peça é uma adaptação do livro Mentiras que os Homens Contam de Luís Fernando Veríssimo. Com uma linguagem inteligente e escachada a trupe arrancou risos e aplausos do publico “é a primeira vez que vejo essa peça, mas achei muito engraçado há muito tempo não ria tanto” declarou Graziele Cristina, 18 anos que veio de Itu só para assistir ao espetáculo.
Thailini Rocha, 19 anos diz que acompanha sempre as apresentações do grupo “onde eles estão eu vou, já os assisti em São Paulo, Itu, Sorocaba. Se eu tivesse de defini-los em uma palavra seria fantástico, a peça é melhor do que o livro” afirmou a fã fiel.





A peça é uma autentica história de sucesso. Em cartaz a mais de seis anos já foi apresentada em várias cidades da região e hoje ocupa o palco do teatro Frei Caneca, em São Paulo. Para todos aqueles que apreciam o humor inteligente e de qualidade devem assistir este espetáculo.

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

A Fantasma do Tancredo

Robson Nascimento e Tatiane Galvão  
Criada em 20 de outubro de 1913, a escola Tancredo do Amaral já está se preparando para celebrar seu centenário. Para que os 100 anos do Tancredo sejam comemorados em grande estilo, a escola lançou em 2009 a campanha “Tancredo Rumo aos 100 Anos” que foi divulgada por este semanário.
Como parte dos preparativos, à partir de agora, os ex e atuais alunos do “Tancredão” e leitores em geral vão recordar fatos e ver fotos de vários períodos da escola que marcou  milhares de vidas. Nesse quase um século de vida o “velho Tancredo” faz parte da história de Salto e tornou-se único em vários aspectos, um dos prédios mais antigos do município, já teve seu espaço dividido entre meninos e meninas e tendo até sua própria “lenda urbana”. 
Isso mesmo, o “Tancredão” tem uma “lenda urbana”, a história da Laura do Tancredo, supostamente uma ex-aluna, que “ assombra” os corredores, estudantes e funcionários. Esta é a primeira história  pra lá de irreverente e divertida.
Contam os alunos Ane Caroline e Leonardo, 17, que em outubro de 2009, perto do aniversário do Tancredo do Amaral, estavam distribuídas pela escola várias fotos de antigos alunos. Dentre elas uma datada do início da década de 1920. “Enquanto estava observando as fotos antigas percebi um vulto e, quando olhei para trás, vi uma menina no corredor da ala um. Estranhei a roupa que ela usava, parecia um uniforme, mas daqueles antigos iguais aos das fotos do início do século XX”, declarou Ane.
Ainda de acordo com os dois jovens, ela usava uma saia pregueada até o joelho, tinha cabelos levemente ruivos e olhos azuis. “Ela era muito parecida com uma das meninas que eu vi nas fotos dos antigos alunos, fui falar com a garota e ela me disse que se chamava Laura, mas que não lembrava do sobrenome.”, acrescentou Leonardo. Por causa disso os alunos passaram a chamá-la de Laura do Tancredo.
Após este primeiro contato eles voltaram a vê-la em outras ocasiões, algumas vezes ela estava sentada sozinha no pátio observando os alunos no intervalo ou assistindo alguma aula. “Estranhamos o fato de que aparentemente apenas nós podíamos ver aquela estranha aluna vestida de modo tão diferente, no entanto, alguns colegas afirmam que já a viram pelo reflexo do espelho do banheiro ou de relance pelos corredores”.
Com o passar do tempo Laura foi ficando amiga dos dois e dividiu com eles detalhes da sua trágica morte, que até hoje é um mistério. De acordo com os entrevistados, nem mesmo ela se lembrava de muitos detalhes, só sabia que havia acontecido nos porões da escola. Na época ela tinha 15 anos e declarou que era uma menina muito reprimida pelos pais e que tinha poucos amigos.
Segundo a lenda, que ganha fama entre os alunos do Tancredo,  Laura nasceu em 11 de setembro de 1915 e morreu no dia de seu aniversário de 15 anos. Dizem que seu corpo foi encontrado no porão por um aluno da época. Porém, os detalhes de seu estranho falecimento nunca foram esclarecidos, já que o caso foi abafado pela família. Indicando que, talvez, por esse motivo, ela ainda assombre a escola...
Laura tornou-se o que podemos chamar de um “espírito moderno”, os alunos ajudaram-na a se adaptar ao século XXI deram dicas de moda e agora ela tem Facebook e participa de várias mídias sociais, quem duvidar é só procurar por Laura do Tancredo na rede.
Outros detalhes da história já surgem na famosa “rádio corredor” do velho Tancredo, alguns já afirmam que em 11 de setembro de 2015, Laura promete vingar-se da escola por sua morte. Exatamente na data do seu centésimo aniversário. Será????

Assim como esta, sabemos que muitas outras histórias aconteceram por aqui, por isso se você é ex-aluno ou ex-funcionário e tem outras histórias, fotos, ou mais detalhes desta, envie-nos para tancredorumoaoscemanos@yahoo.com.br , com nome, profissão e o ano que estudou/trabalhou no Tancredo. Teremos o maior prazer em saber um pouco mais sobre os bons momentos que esta instituição promoveu aos saltenses.

     Foto de professores e alunos do Tancredo, data estimada, meados dos anos 20 do século passado, período em que Laura supostamente estudou na instituição.

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Por que o Rock não pode ser colorido


Algumas pessoas perguntam por que os roqueiros de verdade não gostam do que ficou conhecido, erroneamente, com “rock colorido”. Para começo de conversa, o Rock não é e nunca foi colorido, ele é negro, preto, roqueiro que se preza nunca será colorido. E que história é essa de rock feliz?

O rock sempre foi transgressor, esses que se dizem roqueiros e ficam no palco, “eu amo vocês”, “vocês estão aqui no meu coração”, aonde foi parar a rebeldia? Alias será que eles sabem o que é rebeldia ou tem realmente com o que se revoltar, alem de “xingar muito no twitter”?

E não me digam que hoje não temos mais com o que nos revoltarmos porque temos sim. Mas a verdade é que, infelizmente, esta geração está sendo alienada de uma maneira aviltante. Ela não questiona mais, tem preguiça de ler o que realmente é importante, consomem uma pseudo informação que trata da vida de ídolos fabricados que não vão durar uma primavera. Mas ninguém vai lembrar, pois outro já surgiu em seu lugar. O gênio da última hora, é o idiota do ano seguinte... O ilustre desconhecido É o novo ídolo do próximo verão" (Titãs)

A história nos conta que, na ditadura militar (1964- 1984), os livros eram proibidos e muitos títulos nem podiam entrar no país. No entanto, isso não impedia que os jovens lessem. As obras entravam no Brasil de maneira clandestina, pessoas reuniam-se na casa de algum amigo mais corajoso que, correndo o risco de ser preso e torturado apenas por portar um livro, o lia e todos ouviam.

Discos eram censurados, teatros fechados, artistas e intelectuais eram banidos, mas ainda assim a juventude não se calou, foi às ruas, cantou as canções proibidas, leu livros e escreveram outros tantos. Não pensem vocês que hoje os dias são diferentes porque não são. Existe entre nós uma ditadura disfarçada que decidem quais “musicas” devemos ouvir, os livros que devemos ler, as noticias que nos “informam” e os programas que nos entretêm.

Talvez você argumente “mas temos a Internet, e as mídias sociais que vão à contra mão de tudo isso” sim concordo, mas o que tento argumentar aqui é que as pessoas têm nas mãos uma falsa liberdade. Hoje você pode ouvir a musica que quiser, mas quais realmente valem a pena ser ouvidas?

Será que nosso país está tão pobre de novos talentos que sejam capazes de escrever letras contundentes, como Renato Russo e Cazuza, ou que entendam realmente de musica e saibam cantar e tocar instrumentos de verdade sem fazerem uso do playback ou as chamadas bandas de apoio?

Somos manipulados e nem percebemos, criam ídolos instantâneos, jovens de 15 anos ganham biografias que tornam-se bestseller instantâneos e viram roteiro de cinema. Não assisti o filme nem li o livro e tenho certeza que não irão me faltar tais informações. Preferia ver nas telas dos cinemas e paginas de livros a história de Daiane dos Santos, de Wilson Fernandes, o pipoqueiro que apesar da infância pobre e apenas o diploma da quarta série venceu na vida ou a história do maestro João Carlos Martins que não se deixou abater diante de todas as dificuldades que a vida e o destino lhe impuseram.

Estas e tantas outras histórias merecem sim serem contadas, elas nos inspiram a sermos pessoas melhores, a olhar para o mundo com outros olhos. Não sou contra que biografem jovens cantores mas na não possível que em tão pouco tempo e com uma história de sucesso fabricada eles tenham algo a ensinar que sejam maiores do que as histórias destes que citei anteriormente ou a do menino pobre nascido em três corações, Minas Gerais, que se tornou o Rei do Futebol eAtleta do Século XX. Bom acredito que todos saibam de quem estou falando ou não?

Para encurtar a conversa convido a todos para assistir o clipe abaixo, prestem atenção na atitude transgressora do Rock (subir em uma marquise de um shopping e fazer um show para os transeuntes de uma grande metrópole) e acima de tudo vamos prestar atenção no que os caras fazem com os instrumentos, os solos e a displicência com a qual eles tocam. Quando os coloridos conseguirem fazer pelo menos a metade disso, talvez possamos começar a pensar em lhes abrir o Olimpo do Rock.
SALVE O ROCK...

A Bíblia do Rock

Por: Jonatas Sena de Carvalho
1-No principio, criou Deus o Rock’n’Roll.
2- O Rock, porem, estava sem forma e vazio; havia trevas nas letras do Rock, e o  Espirito de Deus ouvia os riffs do Rock.
3- Disse Deus: Haja a introdução; e houve intro.
4- E viu Deus que a intro era boa; e fez separação entre letra e bis.
5- Chamou Deus a letra “dahora “ e o bis de “ muiloki “. Houve começo e fim, o primeiro dia.
6- E disse Deus: Haja solo no meio da musica e separação entre notas e notas.
7- E, pois, Deus um grito e fez separação entre o solo meio tom abaixo do grito. E assim se fez.
8-  E chamou Deus o solo sinistro. Houve riffs e nota, o segundo dia.
9- Disse também Deus: Ajuntem-se as estrofes em um lugar, e apareçam as letras puras. E assim se fez.
10 -E chamou os gêneros Heavy Metal e Hard Rock, e viu Deus que isso era bom.
11- E disse: Produza a terra relva, ervas que dêem sementes e arvores frutíferas que dêem fruto segundo a sua espécie, cuja semente esteja nele; para inspirar-nos. E assim se fez.
12- E a terra produziu o que ele ordenou, e viu Deus que isso era bom.
13 -Houve material para os instrumentos, o terceiro dia.
14- Disse também Deus: Haja instrumentos no mundo para fazerem a parte instrumental do Rock. E sejam eles de Corda, Sopro, Teclas e Percussão.
15- E que tenham som agradável. Em assim se fez.
16- Fez Deus o dia e a noite, o dia para se compor as musicas e a noite para mostrá-las ao mundo.
17- E colocou o Sol e a Lua no firmamento para iluminarem o dia e a noite.
18- E fazerem separação entre luz e trevas. NE viu Deus que isso eras bom.
19- Houve tarde e manha o quarto dia.
20- Disse também Deus: Povoem-se as águas de enxames de seres viventes; e voem as aves sobre a terra, sob o firmamento dos céus.
21- Criou Deus todos os animais, e viu que isso era bom.
22- E Deus os abençoou, dizendo: Sede fecundos, multiplicai-vos e enchei a terra.
23- Houve tarde e manha, o quinto dia.
24- Disse Deus: Produza a terra seres viventes de acordo com suas espécies.
25- E criou Deus os animais da terra, e viu que isso era bom.
26- Disse Deus: Façamos o homem conforme nossa imagem; e que ele reine sobre os animais do mundo.
27-Criou Deus, pois, o homem a sua imagem, a imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou.
28- E Deus abençoou e lhes disse: Sede fecundos, multiplicai-vos, enchei a terra e sujeitai-a, e  desfrutem do santo Rock’ n ’Roll que hoje vos dou; façam dele ,bom proveito.
29- E disse mais: Eis que lhes dou todas as ervas e frutos deste mundo, isso lhes será por alimento.
30- E todos os animais que lhes dou como carne, desde os bifes ate a picanha, tudo é de vocês.
31- Viu de tudo quanto fez, e tudo era bom. Houve um solo de Rock e assim foi o sexto dia.
2   Assim, pois, foram acabado o Rock’ n ’Roll e todo o seu poder.
2- E havendo Deus terminado no sétimo dia descansou.
3- E abençoou Deus o sétimo dia e o santificou; E descansou ao som do Rock que ele fez como criador.